Por causa disso teremos que interromper nossos trabalhos. Mas em breve voltaremos postando mais referências e notícias do UM, DOIS, TRÊS COLETIVO TEATRAL.
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terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Licença Maternidade e Paternidade
Para quem acompanha nosso trabalho por aqui informamos que nasceu mais um integrante do UM, DOIS, TRÊS COLETIVO TEATRAL, Caynã (que em tupi-guarani significa "morador da floresta").
terça-feira, 11 de novembro de 2014
Caboclinhos: Ritual e dança das origens do Brasil até atualidade.
Os caboclinhos historicamente têm relação com o culto da Jurema (árvore que produz o chá sagrado para os caboclos). A Jurema é uma árvore nativa do Brasil, de caule tortuoso, cujas folhas, raízes e casca servem para uso medicinal e para o preparo de uma bebida que, nos cultos indígenas e caboclos, integra o ritual da Jurema Sagrada. Os componentes de um grupo de caboclinhos que vivencia a religiosidade não desfilam no carnaval sem antes tomar a bebida de Jurema. Inicialmente os integrantes de caboclinhos eram apenas homens, que durante o carnaval passavam de três a quatro dias fora de casa. As fantasias eram confeccionadas com fibras de agave (sisal), penas de peru e de pato. Depois começaram a usar penas de pavão, de ema e plumas, exibindo um visual mais rico. Alguns materiais tradicionais ainda são utilizados atualmente nas fantasias e nos instrumentos, principalmente o cipó, a madeira de jenipapo e o bambu.
O primeiro relato que se tem registro de dança semelhante ao Caboclinho como conhecemos atualmente é de 1584 pelo Padre Fernão Cardim, em seu livro "Tratado e terra da gente Brasil", aonde ele conta: "foi o padre recebido pelos índios com uma dança mui graciosa de meninos todos empenados com seus diademas na cabeça, e outros atavios das mesmas penas, que os faziam mui lustrosos e faziam suas mudanças (passos) e evoluções mui graciosas".
É importante lembrar que a palavra “Caboclo” é utilizada para designar o índio ou o cruzamento de índio com o branco.
Trecho extraído do site da Wikipedia. Foto de Isabella Valle
terça-feira, 7 de outubro de 2014
Caboclo de Lança: Ritual e mistério do brincante do Maracatu Rural
"O caboclo de lança é personagem do Maracatu Rural ou de Baque Solto – também conhecido como Maracatu de Orquestra. A origem desse maracatu ainda não está totalmente desvendada. Uma parte dos pesquisadores é unânime em admitir a mistura das culturas afro-indígenas; outra, como resultado de manifestações populares – cambinadas, bumba-meu-boi, cavalo-marinho, coroação dos reis negros, caboclinhos, folia de Reis – existentes no interior de Pernambuco.
(...)
O ritual que antecede a apresentação do caboclo de lança, quer no interior quer na cidade, envolve cerimônias que acontecem em terreiros, como a benção das lanças e da flor que carregam na boca, a consagração da Calunga (boneca representando a divindade, levada pela baiana), e a abstinência sexual dos homens, que começa alguns dias antes do carnaval. Bonald Neto (1991, p. 284) transcreve informações retiradas da entrevista realizada por Evandro Rabello com o caboclo de lança, Severino Ramos da Silva, de Goiana, que explica:
[…] os caboclos saem protegidos tanto pela “guiada” (a longa lança de madeira) […] como pelo “calço” espiritual […]. É o ritual da purificação […] que apóia o caboclo disposto a sair num Carnaval. […]
Por isso, antes de sair já na 6ª feira, começa a abstinência que faz o Caboclo, até a 4ª feira de Cinzas, não mais procurar mulher, nem tomar banho ”para não abrir o corpo”, obrigando-o a dormir mesmo sujo como veio da rua.
Na hora que vão sair no primeiro dia todos vão para a “mesa”. O Mestre faz um preparo que se bebe com uma flor dentro do copo e mais três pingos de vela santa.
Aí então o Mestre autoriza a saída do caboclo. Muitos saem com um cravo branco ou rosa na boca ou no chapéu para “defesa”, para fechar o corpo […].
[…] a “rua” é sempre o exterior perigoso e repleto de riscos ocultos. Quem anda pelo “meio da rua” precisa estar “preparado” e protegido de todo o mal. Por isso os caboclos tomam o “azougue” [violento coquetel de pólvora, azeite e aguardente], preparado pelo Mestre. […]
Ao voltarem, na quarta-feira, vão logo à Igreja tomar Cinzas e “se despedirem” de alguma coisa errada feita no Carnaval."
Escrito por Virginia Barbosa, extraído do site https://alfaiaria.wordpress.com/
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Cazumbás: o ridículo, esquisito e cômico brincante do boi.
"O cazumba é um mascarado, oculta sua verdadeira identidade, comete ações que são proibidas por outros personagens, viola algumas regras, ele é considerado um transgressor, mas como ele é compreendido neste lugar do esquisito, do estranho e transita entre o religioso e o profano, ele é aceito e respeitado, ocupa o lugar do ridículo e da comicidade, sua função é fazer graça e trazer o riso. O cazumba é uma figura liberta e desmedida, seu limite transborda e segundo afirma Bataille “O limite nos é dado senão para ser excedido.”(BATAILLE, 1987:135).
(...)
A máscara é um objeto que oculta a face e por isso foi perseguida pela igreja por muitos tempos, comparada a rituais diabólicos e recriminada pela sociedade. Desde então a máscara é questionada como um lugar de poder, que se encontra nesse diálogo entre o homem e seus deuses ancestrais, a máscara confere autoridade, autentica e legitima o ato ritualizado. O ato estético e simbólico de se mascarar, disfarçando o eu convencional e desnudando o gestual corporal, traz um estado de predisposição e entrega ao brincante para o personagem que ele vai ser, imbuído de muitos fundamentos e mistérios. “A máscara contém uma síntese de bases históricas, política e religiosa.”(LODY, 1999:11)."
Trechos retirados de O RIDÍCULO E O SAGRADO DO CAZUMBA: UMA PERFORMANCE DO AVESSO de JULIANA BITTENCOURT MANHÃES, publicado pela UNI-RIO
(...)
A máscara é um objeto que oculta a face e por isso foi perseguida pela igreja por muitos tempos, comparada a rituais diabólicos e recriminada pela sociedade. Desde então a máscara é questionada como um lugar de poder, que se encontra nesse diálogo entre o homem e seus deuses ancestrais, a máscara confere autoridade, autentica e legitima o ato ritualizado. O ato estético e simbólico de se mascarar, disfarçando o eu convencional e desnudando o gestual corporal, traz um estado de predisposição e entrega ao brincante para o personagem que ele vai ser, imbuído de muitos fundamentos e mistérios. “A máscara contém uma síntese de bases históricas, política e religiosa.”(LODY, 1999:11)."
Trechos retirados de O RIDÍCULO E O SAGRADO DO CAZUMBA: UMA PERFORMANCE DO AVESSO de JULIANA BITTENCOURT MANHÃES, publicado pela UNI-RIO
terça-feira, 5 de agosto de 2014
Lenda do João de Barro
Conta uma lenda indígena que, há
muito tempo, numa tribo do sul
do Brasil, um jovem apaixonou-se por uma moça de grande beleza. Melhor
dizendo: - apaixonaram-se. Jaebé, o moço,
foi pedi-la em casamento. O
pai dela perguntou: - Que provas
podes dar de sua força para pretender a mão
da moça mais formosa da tribo? As provas do meu amor! - respondeu o
jovem. O velho gostou da resposta
mas achou o jovem
atrevido. Então disse: - O
último pretendente de minha filha falou
que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia. Eu digo que
ficarei nove dias
em jejum e
não morrerei. Toda a tribo se espantou
com a coragem
do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse
início à prova.
Enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram
dia e noite
vigiando para que
ele não saísse nem fosse alimentado.
A jovem apaixonada
chorou e implorou ao deus Lua que o mantivesse
vivo para seu amor. O tempo foi
passando. Certa manhã, a filha pediu ao pai: - Já se passaram cinco dias. Não o
deixe morrer. O velho respondeu: - Ele é arrogante. Falou nas forças do amor.
Vamos ver
o que acontece.
E esperou até a última hora do novo dia. Então ordenou: - Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé. Quando
abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu
olhos brilharam, seu sorriso tinha
uma luz mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a
perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais
espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar
como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num
corpo de pássaro! E exatamente naquele
momento, os raios do luar
tocaram a jovem apaixonada, que também
se viu transformada em um pássaro. E, então, ela
saiu voando atrás
de Jaebé, que a chamava para a
floresta onde desapareceu para sempre. Contam os índios que assim que nasceu o pássaro
joão-de-barro. A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que
constrói sua casa
e protegem os filhotes. E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de
Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.
Referência bibliográfica: MEYER, A., Guia do Folclore Gaúcho. Rio de Janeiro:
Editora Tecnoprint S.A., p.64.
sábado, 19 de julho de 2014
Parceria com a Escola Jardim Primavera
Nesse mês tivemos o prazer de trabalhar com as crianças, pais e mães da Escola Waldorf Jardim Primavera, no Centro de Ubatuba. Bons momentos de muita brincadeira, contação de histórias e musicas. Gratidão pela parceria traçada.
terça-feira, 1 de julho de 2014
terça-feira, 10 de junho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
segunda-feira, 26 de maio de 2014
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