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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Caboclinhos: Ritual e dança das origens do Brasil até atualidade.

Os caboclinhos historicamente têm relação com o culto da Jurema (árvore que produz o chá sagrado para os caboclos). A Jurema é uma árvore nativa do Brasil, de caule tortuoso, cujas folhas, raízes e casca servem para uso medicinal e para o preparo de uma bebida que, nos cultos indígenas e caboclos, integra o ritual da Jurema Sagrada. Os componentes de um grupo de caboclinhos que vivencia a religiosidade não desfilam no carnaval sem antes tomar a bebida de Jurema. Inicialmente os integrantes de caboclinhos eram apenas homens, que durante o carnaval passavam de três a quatro dias fora de casaAs fantasias eram confeccionadas com fibras de agave (sisal), penas de peru e de pato. Depois começaram a usar penas de pavão, de ema e plumas, exibindo um visual mais rico. Alguns materiais tradicionais ainda são utilizados atualmente nas fantasias e nos instrumentos, principalmente o cipó, a madeira de jenipapo e o bambu


O primeiro relato que se tem registro de dança semelhante ao Caboclinho como conhecemos atualmente é de 1584 pelo Padre Fernão Cardim, em seu livro "Tratado e terra da gente Brasil", aonde ele conta: "foi o padre recebido pelos índios com uma dança mui graciosa de meninos todos empenados com seus diademas na cabeça, e outros atavios das mesmas penas, que os faziam mui lustrosos e faziam suas mudanças (passos) e evoluções mui graciosas".

É importante lembrar que a palavra “Caboclo” é utilizada para designar o índio ou o cruzamento de índio com o branco.

Trecho extraído do site da Wikipedia. Foto de Isabella Valle